3 de novembro de 2011

Sobre cartas e diários

Sabem, eu gosto muito de escrever, isso vocês já sabem. E mesmo tendo MSN, redes sociais, blog e SMS, nada substitui o bom e velho papel e caneta.



Eu acredito que o computador facilitou muito a vida de todo mundo. Contudo, eu continuo achando que as relações ficaram um pouco impessoais desde o advento das redes sociais e mensagens instantâneas. Eu, por exemplo, ainda escrevo cartas e mantenho diários. Porquê?

Bem, eu escrevo cartas para as pessoas que amo porque aprecio muito a escrita à mão. Ela diz muito sobre você, carrega com ela sua personalidade. É dado cientifico. Ninguém faz um "a" igual ao outro ou corta um "t" do mesmo jeito. Se tudo for Arial 12 ou Times New Roman 10, como imprimir sua marca ao que foi escrito?

Sou a favor da escrita de cartas principalmente entre amigos, mais ainda entre namorados. Hoje em dia soa tão ultrapassado enviar cartas, mas nada torna palavras tão especiais quanto a boa e velha tinta no papel. Dá um ar mais orginal, verdadeiro. Carrega muito mais valor sentimental, mais do que um SMS guardado na memória do celular que você tem que apagar quando a caixa de entrada enche (e, cá entre nós, eu tenho muitos SMS de amigos e boas conversas anotados num caderninho... São muito úteis até hoje).
E mantenho meus diários porque eles são como uma extensão da minha memória, meu "SD card" kkk. Comecei a redigi-los (oficialmente, em agendas, mesmo) em 2004 e de lá pra cá, eles me ajudam muito quando quero lembrar de coisas boas que vivi. São como os diários que tenho certeza que pelo menos alguém que está lendo já deve ter tido: relatos de dias, sentimentos, com ingressos de shows, cinema e eventos colados nas páginas, embalagens de bombons, e por aí vai. O primeiro era uma agenda daquelas de executivo, amarela. O desse ano é em papel reciclável... Registros de coisas boas que aconteceram e você quer ter lembranças mais palpáveis.

Diários são ferramentas para uma porção de coisas, mas as que eu mais gosto e que realmente me serviram é que me estimularam muito mais a escrever como escrevo hoje e, principalmente, me ajudam a ter um auto-conhecimento melhor. Entender melhor meus sentimentos. E relê-los é uma forma de avaliar minha vida, rever conceitos e rir um pouco também... Fico vendo o que eu pensava antes e o que penso agora... O início de grandes amizades, de grandes amores... É simplesmente muito bom ter esse tipo de registro.
Se eu recomendo que você comece a escrever cartinhas e manter diários? Sim. Mas aí você diz: "Ah, Loh, mas eu não tenho paciência pra escrever todos os dias" ou "Ah, Loh, mas isso é coisa de pré-adolescente frustrada"... Não, não é. Qualquer pessoa pode manter um diário ou escrever uma carta. O segredo é ser verdadeiro e não ter vergonha de expor seus sentimentos, mesmo que não seja com uma linguagem altamente rebuscada, analogias e poemas. Até se você começar com bilhetinhos dizendo coisas simples já vale.

E andamos precisando mais desse contato pessoal, com um toque humano, não mais teclas de computador. Experimente escrever uma carta para um grande amigo ou para o seu amor. Exercita a criatividade, inclusive. Se manter o hábito, pode ser um ótimo exercício mental. Agora se você tem problemas em desconfiar que alguem vai encontrar tudo e descobrir seus segredos, aí o problema é outro, que envolve confiança nas pessoas que cercam vossa senhoria.

Se você, como eu, pretende ser escritor (a), diários são um ótimo treino. Afinal, ao fim de cada ano, você tem uma parte da sua autobiografia :)

Até a próxima!

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