8 de novembro de 2012

Desafio da Estante VIII - "Carrie, A Estranha"

Concluí esta manhã a leitura de "Carrie, A Estranha" de Stephen King. É o segundo livro do autor que tenho a oportunidade de ler, tendo sido o primeiro "O Iluminado" e o gênero terror é um dos meus preferidos: King é literalmente rei nesse estilo. Você provavelmente conhece os filmes com os mesmos títulos, fizeram sucesso há anos atrás e até hoje são considerados clássicos. Mas tendo a emoção de ler a história na íntegra torna tudo mais interessante.

Carrietta White é uma adolescente de 16 anos, desajustada e que sofre constantes humilhações na escola desde que começou a frequentá-la, não tem amigos e é muito quieta. Até aí, nada demais, mais uma história americana que vemos por aí como todas as outras. Mas Carrie tem uma particularidade que a torna tão poderosa quanto perigosa: ela possui o dom psíquico da telecinese, ou seja, a capacidade de mover objetos com a força da mente. 

Até esse desabrochar da adolescência, Carrie só tinha manifestado uma vez seu poder sobrenatural de forma sensivel. Quando criança, fizera chover pedras sobre a casa. Mas quando finalmente se vê como mulher (ainda que tardiamente devido à educação mais do que rígida da mãe (Margaret), uma fanática religiosa da pior espécie), os poderes atingem também sua maioridade e agora Carrie pode fazer o que quiser mover-se sem nem ao menos tocar. 
O grande gatilho da performance total de sua habilidade dispara quando ela se sente acuada ou com raiva e isso acontece frequentemente em sua vida: seja pela humilhação das meninas estúpidas da escola sob a liderança de Chris Hangersen ou em casa com a rotina maçante de orações e penitência que a mãe impõe à garota que só sonha em ser uma adolescente normal e, quem sabe, ser convidada para o baile. E é a partir de um plano da patricinha Chris para humilhar definitivamente a pobre Carrie que a menina fará a força de sua ira (e seu dom) abater a pequena cidade de Chamberlain e o dia do baile de formatura jamais será esquecido.
Sissy Spacek no primeiro filme adaptado de 1976
Eu encontrei em "Carrie" um dos meus livros preferidos, ganhou um lugar especial em minha mente e em meu coração. Carrie representa aquela fase em que parecemos o patinho feio em meio aos cisnes, sentimos tanto por Carrie que temos vontade de simplesmente arrancá-la dos braços superprotetores e fanáticos da mãe perturbada e levá-la para conhecer o mundo, para dançar e falar sobre garotos, moda, contar piadas e vê-la sorrir. Criei grande simpatia pela personagem e só lamento que seja uma história tão trágica - mas o autor domina a narrativa em forma de documentário até o gran finale. E é magnífico.
Chloe Moretz se preparando para trazer Carrie de volta
Recomendo o filme de 1976 (sim, é antigo) dirigido por Brian de Palma e com Sissy Spacek como Carrie. E ano que vem, uma nova versão chega aos cinemas, dessa vez interpretado pela nova queridinha de Hollywood, Chloe Grace Moretz ("Deixa-me Entrar", "Sombras da Noite"). 

Bem, pessoal que acompanhou o desafio da estante, considere concluído o desafio. Nem acredito que finalmente li todos os livros que estavam descansando na estante há tanto tempo e encontrei em meio a eles grandes obras que já fazem parte da minha vida. 

Aguardem que um novo desafio literário vem aí, lembram? Agora em versão virtual (e-book). Assim que prepará-lo, vamos acompanhar aqui outra vez outro desafio. 

Até a próxima!

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