12 de fevereiro de 2013

Um recorte de um dia aí...


"Com sua cabeça em meu colo, ele olhou através dos meus olhos, talvez. Olhou bem fundo, espiou minha alma, buscou lá no fim do castanho o que ele chama de "razão de viver". Chovia. Meus dedos perdidos em seus cabelos um sorrisinho bobo, sem sentido, brincando na boca. Eu, que amo as palavras e delas me sirvo bem, nesse momento não achei um monossílabo que fosse que descrevesse aquele olhar do meu amor. 

- Você vai embora outra vez.
- Sim. Mas eu volto.
- Logo?
- Importa?
- Se um dia você voltar, já me conforta.
- Então não se preocupa que eu volto, sim, flor. Volto pra ficar olhando dentro do teu olho desse jeito.

Duas risadas. Ou uma?

- Será que um dia a gente casa?
- De alma?
- De papel... De igreja...

Ele focou melhor a visão em algum ponto que eu só localizei depois: ele viu meu coração batendo forte a cada nova palavra que ele dizia.

- Casa. Casa, sim. E se não casar de papel nem de igreja, a gente já casou faz tempo.
- Me leva contigo na mala?
- No peito, flor. Tem muito mais espaço."
Até a próxima!

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